domingo, 24 de agosto de 2025

A autópsia alienígena de Roswell: Verdade, mentira e o legado de um vídeo que chocou o mundo

Em 1995, um vídeo de 18 minutos supostamente mostrando a autópsia de um alienígena do incidente de Roswell de 1947 causou furor global. As imagens granuladas em preto e branco exibiam figuras humanoides sendo dissecadas por indivíduos em trajes de proteção, alimentando teorias de conspiração sobre um acobertamento governamental. O filme, exibido mundialmente, fascinou milhões e intensificou o debate sobre a existência de vida extraterrestre, especialmente em uma época em que séries como "Arquivo X" estavam no auge de sua popularidade.

Anos depois, os produtores do filme admitiram que tudo não passava de uma farsa elaborada, filmada em um apartamento em Londres com partes de animais e moldes de plástico. No entanto, mesmo com a confissão, um dos cineastas afirmou que o vídeo era baseado em uma gravação real de cientistas examinando os restos mortais de um extraterrestre.

A história ressurgiu recentemente com uma nova série documental que explora a criação do vídeo e seu impacto duradouro na cultura dos OVNIs. Esse interesse renovado coincide com um aumento na demanda por respostas e pela desclassificação de informações governamentais sobre incidentes envolvendo OVNIs, como o caso Roswell.

Ray Santilli, um empresário britânico, foi quem lançou a "autópsia" de Roswell, que foi ao ar na Fox em 28 de agosto de 1995. Philip Mantle, um pesquisador de OVNIs, revelou que Santilli trabalhou em conjunto com Spyros Melaris, a mente criativa por trás do vídeo falso. Melaris compartilhou storyboards que detalhavam o planejamento da farsa, incluindo a criação de painéis de controle de OVNIs falsos, metais alienígenas e órgãos extraterrestres.

Santilli alegou ter obtido as imagens de um cinegrafista militar aposentado, mas devido à má qualidade do filme, sua equipe o "reconstruiu". Mais tarde, Santilli e Gary Shoefield admitiram a falsidade das filmagens, justificando-a como uma "restauração" de um filme real que Santilli teria visto em 1992. No entanto, Mantle aponta que nunca foram encontradas provas da existência desse filme original. Segundo Mantle, "nunca houve nenhum filme autêntico de uma autópsia alienígena".


O governo dos EUA continua a insistir que não havia nenhuma nave alienígena em Roswell em 1947. Um relatório da Força Aérea de 1997 não encontrou evidências de autópsias alienígenas ou OVNIs no local, atribuindo os destroços a um balão ligado ao Projeto Mogul, um programa de vigilância classificado.

Apesar da explicação oficial, pesquisadores de OVNIs contestam a versão militar. O Dr. Hal Puthoff, que trabalhou em programas de pesquisa de OVNIs do governo, revelou que os militares recuperaram um UFO de Roswell e tinham pelo menos 10 dessas naves. O Dr. Eric Davis confirmou que o acidente de UFO realmente aconteceu. Mantle, por sua vez, reconhece que "algo caiu em Roswell em 1947", mas ressalta a falta de evidências físicas ou documentação que comprove que se tratava de uma nave alienígena. Quanto aos corpos, o governo americano alega que eram manequins utilizados em testes de paraquedas do Projeto Mogul.

Décadas após a farsa da autópsia de 1995, novas alegações de corpos alienígenas surgiram, incluindo a descoberta de múmias alienígenas no Peru. Mantle expressa suspeitas de que o público possa estar sendo novamente enganado por uma farsa elaborada. Apesar do ceticismo, o Congresso está investigando alegações de encontros extraterrestres.

Em meio a controvérsias e novas alegações, a história da autópsia alienígena de Roswell continua a intrigar e gerar debates, permanecendo um marco na cultura OVNI e um exemplo de como a desinformação pode moldar a percepção pública.

Destaque

Destaque

Destaque