quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Três ciclones extratropicais podem atingir o Brasil até o fim de novembro: veja os estados em alerta

Meteorologistas alertam que até três ciclones extratropicais podem se formar no Brasil ainda em novembro de 2025. Entenda onde devem ocorrer, porque são comuns nesta época e quais os riscos associados.
 
Um novembro de atenção no clima brasileiro

Os próximos dias de novembro prometem ser marcados por instabilidades climáticas severas no Brasil. Modelos meteorológicos apontam a possibilidade de três ciclones extratropicais se formarem no Atlântico Sul até o final do mês, podendo afetar principalmente as regiões Sul e Sudeste.

O alerta vem após uma sequência de tempestades e tornados que atingiram o Paraná e Santa Catarina, reacendendo a preocupação com eventos extremos associados às mudanças climáticas.

Segundo o Climatempo e a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), os sistemas devem surgir a partir da combinação de frentes frias intensas com massas de ar quente e úmido, padrão comum nesta época do ano, mas que tem se mostrado mais severo em 2025.
 
Quando e onde os ciclones devem ocorrer

De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE), os três ciclones previstos estão distribuídos da seguinte forma:

Primeiro ciclone: Formação entre 14 e 16 de novembro, com atuação próxima ao litoral do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Segundo ciclone: Esperado entre 20 e 24 de novembro, podendo alcançar o Paraná e o sul de São Paulo.

Terceiro ciclone: Modelos de longo prazo indicam formação entre 27 e 30 de novembro, com trajetória ainda incerta, mas potencial para afetar áreas do Atlântico Sul e litoral Sudeste.

Esses sistemas podem gerar chuvas intensas, ventos superiores a 100 km/h e queda acentuada de temperatura, além de risco de ressacas e alagamentos nas faixas litorâneas.
 
Estados em alerta

Os estados com maior risco de impacto direto são:

Rio Grande do Sul
Santa Catarina
Paraná
São Paulo (litoral sul e Vale do Ribeira)
Rio de Janeiro (em menor intensidade, com influência indireta)

A Defesa Civil Nacional já monitora o avanço das frentes frias e orienta que a população acompanhe os boletins meteorológicos locais.
 
O que são ciclones extratropicais?

Os ciclones extratropicais são sistemas de baixa pressão atmosférica que se formam fora das regiões tropicais, especialmente em áreas de transição entre massas de ar quente e frio.

Diferentemente dos furacões (típicos de regiões tropicais), esses ciclones não possuem olho definido, mas podem provocar ventos fortes, chuvas volumosas e tempestades severas.

“O aquecimento global está intensificando a frequência e a força desses sistemas, tornando episódios como os observados no Sul do Brasil cada vez mais comuns”, explica a meteorologista Estael Sias, da MetSul.
 
Como se preparar

A Defesa Civil recomenda que moradores de áreas vulneráveis evitem se abrigar sob árvores, placas metálicas e estruturas frágeis durante tempestades.

Outras orientações incluem:

Manter celulares carregados e lanternas à mão

Reforçar telhados e retirar objetos soltos de varandas

Evitar deslocamentos durante ventos fortes

Seguir os alertas oficiais emitidos por órgãos meteorológicos
 
Contexto climático e curiosidades

Ciclos naturais e extremos: O mês de novembro marca a transição da primavera para o verão no hemisfério sul, período de grande contraste térmico.

Impactos recentes: Em 2025, o Brasil já registrou mais de 10 eventos climáticos severos associados a ciclones e tornados, segundo levantamento do INPE.

Tendência global: O padrão observado se repete em outros países do hemisfério sul, como Argentina e Uruguai, onde os ciclones também têm ocorrido com maior intensidade.
 
Os alertas para três ciclones extratropicais até o fim de novembro de 2025 reforçam a necessidade de atenção e prevenção.

Mais do que fenômenos isolados, esses eventos sinalizam uma nova fase de instabilidade climática no Brasil, exigindo monitoramento constante e políticas públicas voltadas à adaptação às mudanças do clima.
 
Conteúdo elaborado por Lyu Somah, com base em informações de Climatempo, MetSul Meteorologia, ND Mais, Terra, Diário do Comércio, UFRGS, CPTEC/INPE, Folha de S.Paulo e estudo “Identification of extreme weather events and impacts of the disasters in Brazil” (arXiv, 2025).

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